Este projeto foi desenvolvido para o Concurso internacional de arquitetura de São Paulo, que tinha como tema: Arquitetura para todos – Construindo Cidadania. Depois de formada uma equipe (Bianca Coelho, Camilla Ghisleni, Gabriela Favero, Gabriela Goedert e Mariana Clemes) com um professor orientador (Américo Ishida), tínhamos que escolher uma área de até 10000 m² para implantar equipamentos de saúde, educação, lazer, comércios e serviços, que fossem de livre acesso para os cidadãos. Depois de muitas discussões optamos por implantar nossa proposta em uma quadra já consolidada (próxima a escadaria do rosário) no centro da cidade de Florianópolis, nos desafiando a adequar nossos anseios ao já construído.

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" Com base na discussão das relações contidas nas instâncias da participação cidadã e do ser mulher, surge uma arquitetura para todos, elucidada no projeto de um “invólucro urbano”. A complexa malha de informações e funções desassociadas na quadra já consolidada atuam como diretrizes para o gesto do corte horizontal e o nascimento de estruturas arquitetônicas inusitadas, revelando a história esquecida, escondida pela cidade, os mitos e motivações inconscientes que se ocultam na linha tênue entre o público e o privado.O corte horizontal nos pavimentos dos edifícios na altura do patamar da Igreja, estabelece relações visuais e de função, através da criação de um “segundo térreo” pela apropriação e transformação do espaço privado em um espaço público e de qualidade. O eixo visual entre o mar e a igreja, calado pelos planos verticais, é resgatado. A escadaria é ampliada no intuito de resgatar sua importância histórica, criar novos espaços de estar, e assim, enfatizar seu caráter de permanência. O invólucro materializa a multifuncionalidade, a efemeridade, a inclusão e a integração através da sedução das formas integrada às estruturas existentes e ao contexto da escadaria do Rosário."